Hub de Cuidados em Crack de SP atende mais de 16 mil pacientes, com alto uso de canabinóides e demanda por internação

O Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas do Governo de São Paulo, localizado na região central da capital paulista, completou sete meses de funcionamento e já realizou mais de 16 mil atendimentos. Durante esse período, mais de 11 mil pacientes passaram pelas triagens e receberam orientação ou tratamento para transtornos aditivos.

De acordo com levantamento realizado até o dia 8 de novembro, o Hub encaminhou cerca de 6.700 pacientes para hospitais especializados e comunidades terapêuticas, além de atender a 650 pacientes com demandas clínicas, que foram encaminhados para unidades de saúde. Além disso, o HUB iniciou, em 1º de outubro, as entrevistas na triagem, que são realizadas com todos os pacientes que recebem atendimento na unidade, com aproximadamente 2.025 pessoas respondendo ao questionário.

Dentre os dados coletados, 92,9% dos pacientes atendidos no Hub são do sexo masculino, enquanto 60,2% das mulheres que passaram pela triagem relataram não utilizar nenhum método contraceptivo. Além disso, cerca de 69,6% dos pacientes afirmam estar em situação de rua, sendo que mais da metade deles relata ter frequentado as cenas abertas de uso no último ano.

Outros dados levantados mostram que 84,3% dos usuários relatam beber regularmente, 84,4% são tabagistas e 30,9% admitiram ter usado algum canabinóide sintético no último ano. Além disso, 66,8% afirmaram ter consumido cocaína e 66% ter feito uso de crack. Aproximadamente 95,9% dos pacientes relataram procurar o Hub em busca de internação, sendo que 58,7% deles já tinham procurado ajuda para dependência química em outro serviço.

Esses dados mostram a importância do trabalho realizado pelo Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, que tem sido fundamental no atendimento e encaminhamento de pacientes com transtornos aditivos na região central de São Paulo. Com um amplo espectro de atendimentos e um acompanhamento detalhado dos pacientes, a unidade reforça a importância de políticas públicas voltadas para o cuidado e tratamento de pessoas em situação de dependência química.

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