Mulher de suposto líder do Comando Vermelho é indicada para evento do Ministério dos Direitos Humanos em Brasília

O governo do Amazonas está envolvido em mais uma polêmica, desta vez relacionada à participação de Luciane Barbosa Farias, esposa do suposto líder do Comando Vermelho no estado, em um evento promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania em Brasília. Segundo o governo, Luciane foi indicada por um órgão da administração local para participar do Encontro de Comitês e Mecanismos, que ocorreu entre os dias 6 e 7 deste mês, mas a legitimidade de sua participação está sendo questionada.

De acordo com a nota divulgada pelo governo, a indicação de Luciane foi feita pelo Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura, vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania. No entanto, o governo ressaltou que os indicados para o comitê estadual ainda aguardam nomeação, o que levanta dúvidas sobre a participação de Luciane no evento.

Além disso, o ministério responsável pelo evento pagou a viagem de Luciane para Brasília, incluindo as passagens e diárias, com recursos dos comitês estaduais, que têm autonomia administrativa e financeira. A pasta alega que o pagamento foi feito a todos os participantes do evento nacional e que as despesas foram devidamente divulgadas. Luciane também se encontrou com a coordenadora de gabinete da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos durante sua estadia na capital federal.

O Instituto Liberdade do Amazonas, presidido por Luciane, foi responsável pela indicação dela para o comitê estadual no biênio 2023/2025. Vale ressaltar que Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas e suposto líder do Comando Vermelho no Amazonas, que está preso desde dezembro.

Diante da repercussão do caso, a Sejusc (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania) afirmou que questionará a sociedade civil quanto à manutenção do nome de Luciane no comitê estadual. A situação levanta questionamentos sobre possíveis privilégios e influências indevidas relacionadas à participação de familiares de indivíduos envolvidos com organizações criminosas em eventos oficiais do governo. Agora, a população aguarda esclarecimentos e medidas por parte das autoridades para lidar com a situação de forma transparente e justa.

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