De acordo com a nota divulgada pelo governo, a indicação de Luciane foi feita pelo Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura, vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania. No entanto, o governo ressaltou que os indicados para o comitê estadual ainda aguardam nomeação, o que levanta dúvidas sobre a participação de Luciane no evento.
Além disso, o ministério responsável pelo evento pagou a viagem de Luciane para Brasília, incluindo as passagens e diárias, com recursos dos comitês estaduais, que têm autonomia administrativa e financeira. A pasta alega que o pagamento foi feito a todos os participantes do evento nacional e que as despesas foram devidamente divulgadas. Luciane também se encontrou com a coordenadora de gabinete da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos durante sua estadia na capital federal.
O Instituto Liberdade do Amazonas, presidido por Luciane, foi responsável pela indicação dela para o comitê estadual no biênio 2023/2025. Vale ressaltar que Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas e suposto líder do Comando Vermelho no Amazonas, que está preso desde dezembro.
Diante da repercussão do caso, a Sejusc (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania) afirmou que questionará a sociedade civil quanto à manutenção do nome de Luciane no comitê estadual. A situação levanta questionamentos sobre possíveis privilégios e influências indevidas relacionadas à participação de familiares de indivíduos envolvidos com organizações criminosas em eventos oficiais do governo. Agora, a população aguarda esclarecimentos e medidas por parte das autoridades para lidar com a situação de forma transparente e justa.