A deputada Duda Salabert (PDT-MG) estima que existam cerca de 1,2 milhão de toneladas de minério para serem retiradas do local, cujo valor estimado seria de R$500 milhões. Até o momento, o governo estadual não informou o volume exato do minério estocado, e tanto a ANM quanto a Embapra ainda não se manifestaram publicamente sobre o caso.
A autorização condiciona as atividades da empresa à apresentação de um plano de fechamento de mina em seis meses e ao desassoreamento das barragens no local em dois meses. O governo estadual de Minas Gerais reiterou que a autorização não permite atividades produtivas e que qualquer ação efetiva ou potencialmente poluidora deve ser submetida previamente a licenciamento ambiental, o que ainda não ocorreu.
A deputada Duda Salabert expressou sua repulsa à autorização concedida à Embapra, alegando que a empresa atuou ilegalmente por muitos anos e que isso não deveria ser permitido. Ela acionou a Polícia Federal e o Ministério Público estadual para analisarem o caso.
A Serra do Curral é uma área rica em espécies vegetais, animais e minério de ferro, além de possuir significado histórico por ser o local onde a capital de Belo Horizonte cresceu. Parte da serra já está protegida, mas ainda há áreas que estão vulneráveis à exploração das mineradoras. As atividades das mineradoras na região têm gerado controvérsias e reações, especialmente após decisões judiciais que proibiram a exploração de outras empresas na mesma área da Serra do Curral.
Em resumo, a autorização concedida à Embapra para retomar as operações na Serra do Curral tem gerado polêmica e movimentado diversos setores da sociedade, especialmente os ambientalistas e órgãos governamentais responsáveis pela proteção do meio ambiente. A busca por um equilíbrio entre a atividade econômica e a preservação ambiental continua sendo um desafio constante em Minas Gerais e em todo o país.