De acordo com o ONS, a principal razão para esse comportamento da carga é a elevação significativa de temperatura verificada em grande parte do Brasil. O forte calor registrado no país foi o responsável pelo aumento na demanda de energia.
No momento em que foi registrado o recorde, 61,1% do atendimento à carga era feito por meio de geração hidrelétrica, com 61.649 MW. A geração térmica era responsável por 10,5%, com 10.628 MW. A fonte eólica gerava 9.284 MW, correspondente a 9,2% da carga instantânea. Da fonte solar, 8.505 MW eram provenientes de usinas de grande porte (geração centralizada), com 8,4%, enquanto outros 10.898 MW, ou 10,8%, eram gerados por pequenos sistemas, conhecidos como micro e mini geração distribuída (GD).
Além do recorde no SIN, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do país, também atingiu um novo patamar máximo de carga. Superando pela primeira vez os 60 mil MW, a marca registrada às 15h30 foi de 60.735 MW. A maior marca até então para o subsistema era de 57.791 MW, registrada às 14h30 do mesmo 26 de setembro.
O aumento na demanda de energia é um reflexo direto das condições climáticas e do forte calor que tem atingido o país. Com a combinação de fatores como altas temperaturas e o aumento do uso de aparelhos de refrigeração, a sobrecarga no sistema elétrico torna-se inevitável. Diante desse cenário, o desafio para as empresas responsáveis pelo fornecimento de energia é garantir o abastecimento necessário para atender a demanda em momentos de pico.
Apesar do recorde de demanda, o sistema conseguiu atender à carga e manter o fornecimento de energia durante o período de alta demanda, demonstrando a eficiência e a capacidade do setor elétrico em lidar com situações extremas.