Isso levou à precificação de um aumento dos juros futuros pelos investidores, influenciados pelo avanço nos rendimentos dos Treasuries e pelas preocupações fiscais do governo dos EUA. No Boletim Focus divulgado hoje, as expectativas para o IPCA de 2024 aumentaram de 3,91% para 3,92%. Além disso, ainda há incerteza nos mercados em relação à meta de déficit primário zero em 2024, que pode ser alterada pelo governo nesta semana.
Nesse contexto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi convocado para uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, outros ministros e os líderes do Governo no Parlamento. O cenário fiscal ainda está gerando incertezas, com agências de classificação de risco avaliando que uma eventual mudança da meta pode ser prejudicial para as contas do governo.
Em relação a essa questão, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que não há uma “influência mecânica” entre a meta fiscal e a política monetária. No entanto, destacou que um cenário de credibilidade fiscal favorece a ancoragem monetária. O ex-ministro da Fazenda e diretor de estratégia econômica do banco Safra, Joaquim Levy, acredita que a mudança da meta neste momento pode ser precipitada.
Outro fator de destaque é a previsão do aumento na demanda global por petróleo em 2023, feita pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Além disso, a organização manteve sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2023, em 2,5%, e para 2024, em 1,2%.
Às 9h39, o dólar à vista registrava um aumento de 0,14%, sendo cotado a R$ 4,9213, mas chegou a atingir a máxima de R$ 4,9233 (+0,18%) e a mínima de R$ 4,9078 (-0,14%) na abertura. O dólar para dezembro também subiu, registrando um aumento de 0,38%, sendo cotado a R$ 4,9305. Diante desse cenário, o mercado financeiro segue atento aos desdobramentos econômicos e políticos que podem influenciar a economia brasileira.