Enquanto a guerra entre Israel e o Hamas continua a assolar a Faixa de Gaza, um grupo de brasileiros permanece na região, aguardando a abertura da fronteira com o Egito para serem repatriados ao Brasil. A situação se arrasta desde o início do conflito no mês passado, e a espera para deixar a zona de guerra tem gerado angústia e incerteza para esses brasileiros.
Neste sábado (11), a passagem entre Rafah e o território egípcio permanecia fechada, deixando o grupo em uma situação de impasse e ansiedade. O palestino-brasileiro Hasan Rabee, que está entre os brasileiros aguardando a repatriação, relatou pelas redes sociais que a tão esperada abertura da fronteira ainda não havia acontecido.
O governo brasileiro havia anunciado na quinta-feira (9) que os brasileiros estavam na lista de estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira, mas o fechamento da passagem desde ontem (10) tem mantido o grupo retido na Faixa de Gaza. As negociações em torno da liberação da passagem de ambulâncias para transporte de feridos para o Egito se tornaram um obstáculo a mais para a repatriação dos brasileiros.
Com a fronteira controlada pelas autoridades do Egito e de Israel, a passagem de estrangeiros é limitada a poucas horas diárias, o que torna a situação ainda mais delicada para esse grupo de 34 pessoas, que inclui 24 brasileiros, 7 palestinos em processo de imigração e 3 palestinos familiares de brasileiros.
Enquanto aguardam a abertura da fronteira, esses brasileiros contam com o suporte do governo brasileiro, que mantém uma aeronave da Presidência da República de prontidão em Cairo, no Egito, aguardando a autorização para realizar a repatriação.
Essa não é a primeira vez que o governo brasileiro se mobiliza para repatriar brasileiros presos em meio a conflitos na região. Desde o início da guerra, mais 33 brasileiros que estavam na Cisjordânia foram retirados e repatriados pelo governo brasileiro, enquanto outros 1,1 mil brasileiros que estavam em Israel já foram repatriados em voos da Força Aérea Brasileira (FAB).
A situação delicada vivida por esses brasileiros na Faixa de Gaza destaca a urgência e a complexidade das operações de repatriação em meio a conflitos armados, e reforça a importância do papel do governo em garantir a segurança e a integridade dos cidadãos brasileiros em situações de crise no exterior.
