Segundo informações da Polícia Militar catarinense, o caso aconteceu em 31 de outubro e foi realizado sem o conhecimento ou consentimento da instituição. De acordo com as denúncias, as pessoas em situação de rua teriam sido agredidas durante a noite, obrigadas a caminhar por 7km às margens da BR-101 até o município de Balneário Camboriú e ameaçadas para que não retornassem a Itajaí.
Além do sargento Tadeu José de Andrade, foram cumpridos mandados de busca contra cinco policiais, que tiveram celulares apreendidos. Este é um caso grave que está sendo investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina.
Os PMs envolvidos na operação poderão responder por abuso de autoridade, organização criminosa, racismo e tortura, o que demonstra a gravidade dos atos cometidos.
O sargento Andrade já possui antecedentes criminais, tendo sido condenado em segundo grau por tortura. Apesar da condenação, ele vinha cumprindo suas funções normalmente, uma vez que o Ministério Público não pediu o cumprimento imediato da sentença.
A secretária municipal de Desenvolvimento e Inclusão Social de Balneário Camboriú, Anna Christina Barichello, relatou que sua equipe foi informada pela Guarda Municipal de que dezenas de pessoas em situação de rua foram abandonadas pela polícia às margens da rodovia. Assistente sociais encontraram o grupo desamparado e alguns deles ainda possuíam carrinhos usados em coleta de lixo reciclável.
O caso gerou grande repercussão e indignação na região. A gravidade das acusações contra o sargento Andrade e outros policiais envolvidos na operação clandestina ressalta a importância de uma investigação rigorosa para que se faça justiça e que atos de violência e abuso de autoridade não se repitam. A população em situação de rua merece respeito e proteção, e é crucial que os responsáveis por tais atos sejam devidamente responsabilizados perante a lei.