Isso foi confirmado após grupos de dependentes químicos ocuparem o trecho da rua Mauá, no Bom Retiro, região central, por duas noites seguidas, após a dispersão da rua dos Gusmões, na Santa Ifigênia. Vídeos gravados por moradores mostram grupos grandes de usuários de forma ordenada indo para a rua ao lado da estação da Luz, escoltados por carros da GCM.
Nunes ressaltou a condição de dependência química dos usuários e o incômodo gerado para milhares de pessoas na cidade. Ele destacou que, se pudesse, direcionaria os usuários da cracolândia para um lugar bem longe de gerar incômodos para as pessoas. Em um tom de preocupação, o prefeito enfatizou que, se tivesse a possibilidade de direcionar os usuários da cracolândia, seria para tratamento.
A mudança para a rua Mauá teria sido motivada pelo aumento do policiamento no entorno da rua dos Gusmões, após um caso de arrombamento de uma loja de produtos eletrônicos. A secretária de Segurança Urbana, Elza Paulina, e a Polícia Militar divergiram sobre a nova estratégia de fixar a cracolândia na rua Mauá. Enquanto a ideia de transferir os grupos de dependentes químicos foi sugerida pelo prefeito, oficiais da PM e agentes da GCM discordaram da movimentação, avaliando que a estratégia apenas dispersará ainda mais os dependentes químicos pela região central da cidade.
A Secretaria de Segurança Pública informou que atua na requalificação da rua dos Gusmões após a atuação da GCM, negando a ingerência sobre o fluxo. Essa movimentação e os desafios enfrentados para lidar com a cracolândia ilustram a complexidade e a urgência de encontrar soluções eficazes para atender tanto aos usuários quanto à população da região central de São Paulo.