Nunes afirmou que está agendada uma reunião na próxima segunda-feira no Palácio dos Bandeirantes com representantes da concessionária para discutir um plano de contingência. Ele destacou que a Enel tem um número insuficiente de profissionais e exigiu que a empresa contrate um laudo para contabilizar todos os prejuízos causados para a cidade de São Paulo. No entanto, a Enel se recusou a se manifestar sobre o assunto e a Aneel não respondeu aos questionamentos.
Em resposta à demora no restabelecimento da energia, a Procuradoria Geral do Município ingressou na Justiça contra a Enel para exigir o imediato religamento da rede elétrica dos domicílios na capital que ainda estavam sem luz. A ação também exige multa por hora de atraso para cada unidade que ficou sem luz, além da remoção em até 24 horas das árvores que continuam caídas com interferência na fiação elétrica em vários pontos da cidade.
O prefeito destacou que ainda há 27 árvores que não puderam ser removidas por risco de estarem energizadas após terem tido contato com a rede elétrica. Ele ressaltou que a ação judicial inclui a exigência da concessionária de apresentar um plano de contingência no prazo de cinco dias e, em dez dias, um plano de ação para o período de chuvas na cidade.
Apesar das acusações, o prefeito negou qualquer interferência política em relação à atuação do governo federal no episódio e afirmou que o que está faltando é assumir responsabilidade. A crise provocada pelo apagão levou a Câmara de São Paulo a instaurar a CPI da Enel, que será presidida pelo vereador João Jorge.
A situação desencadeou uma crise entre o prefeito Nunes e o presidente da Enel de São Paulo, Max Xavier Lins. Enquanto Lins afirmou que 95% das ocorrências de queda de energia ocorreram por queda de árvores, Nunes acusou a concessionária de mentir. Ele destacou que a Enel estava impedindo a remoção das árvores caídas, colocando em risco os funcionários da prefeitura.
Portanto, a crise provocada pelo apagão em São Paulo continua gerando tensões entre o poder público e a concessionária de energia, com o prefeito e a Enel em lados opostos da disputa.