Durante a tarde, homens, mulheres e crianças ocuparam o cruzamento da rua Mauá com o viaduto General Couto de Magalhães. A manifestação está sendo pacífica e contou com a presença de policiais militares da Força Tática e da Rocam do 13° batalhão.
A coordenadora do Movimento de Moradia na Luta por Justiça, Ivaneti de Araújo, explicou que o secretário de Projetos Especiais, Edsom Ortega, visitou a ocupação e se comprometeu a comunicar outras secretarias sobre a situação. Segundo Araújo, usuários de drogas procuraram-na e disseram não querer permanecer no local devido à presença de muitas crianças, que eles chamam de “anjos”.
A situação dos usuários de drogas na região tem gerado conflitos e críticas por parte dos moradores e comerciantes locais. Há relatos de furto em lojas e de mudanças no ponto de concentração dos usuários, devido a intervenções da Guarda Civil Metropolitana.
Além disso, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), admitiu que há lugares na cidade onde a cracolândia não pode se fixar, após afirmar anteriormente que a movimentação dos usuários de drogas pelo centro da cidade obedecia a uma dinâmica própria, sem interferência do poder público.
O protesto tem recebido apoio de outras organizações, como o Movimento Nacional de População de Rua. A presença dos usuários de drogas na região tem gerado tensão e mobilização por parte dos moradores e organizações sociais.
A situação na região da Luz continua sendo acompanhada pelas autoridades e pela comunidade local, que busca soluções para lidar com a presença de usuários de drogas e a proteção das crianças e moradores da ocupação na rua Mauá. A dinâmica da cracolândia e sua repercussão nas áreas próximas continua a ser um tema de grande interesse e preocupação para as autoridades e a comunidade local.