O desempenho do Ibovespa foi impulsionado pela retração dos rendimentos dos Treasuries, o avanço dos índices de ações em Nova York e a recuperação das ações da Petrobras na B3. No fechamento, destacaram-se as altas das ações da Soma (+6,62%), MRV (+6,30%) e Dexco (+5,88%), enquanto as ações da Locaweb (-5,30%), Lojas Renner (-4,35%) e São Martinho (-3,14%) registraram as maiores quedas.
As ações de Petrobras (ON -0,32%, PN -0,46%) e Bradesco (ON -1,26%, PN -1,44%) foram as únicas a destoar do sinal positivo no fechamento, apresentando um desempenho negativo. Já a Vale ON subiu 1,53% e os bancos Itaú (PN +1,20%), Banco do Brasil (ON +1,47%) e Santander (Unit +1,19%) também contribuíram para o resultado positivo do Ibovespa.
Lucca Ramos, sócio da One Investimentos, destacou a sessão positiva para a Bolsa, com a curva de juros fechando e o dólar caindo, refletindo a descompressão de risco. Já Gabriel Meira, sócio da Valor Investimentos, ressaltou que o avanço registrado em Nova York contribuiu para a queda do dólar e a alta da Bolsa.
Além disso, a leitura abaixo do esperado para a inflação em outubro e o comportamento comportado do IPCA reforçaram a percepção de que o Copom terá condições de efetivar mais dois cortes de meio ponto porcentual na Selic nas próximas reuniões de política monetária. Diante desse cenário, Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos, ressaltou que o BC poderia acelerar o ritmo de cortes da Selic, não fossem o risco fiscal e o cenário internacional incerto.
As expectativas do mercado financeiro para o comportamento das ações no curtíssimo prazo voltaram a ficar mais divididas, com a maioria dos participantes acreditando em uma alta para o Ibovespa na próxima semana. A perspectiva é de uma continuidade no cenário positivo para o mercado acionário, com a tendência favorável da Selic e a recuperação gradual da economia.