De acordo com a concessionária, 99,99% dos clientes tiveram o serviço de energia normalizado na última quinta-feira (9) às 19h. O restante dos clientes teve que esperar um pouco mais devido aos reparos complexos necessários para reconstruir 140 quilômetros de cabos de energia danificados. A Enel Distribuição SP comunicou que os reparos foram extremamente complexos, exigindo a remoção de árvores de grande porte, em conjunto com Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Prefeituras e demais órgãos competentes. A empresa afirmou que 95% das interrupções de energia foram causadas por quedas de árvores.
Apesar do anúncio de normalização do serviço, a população da capital paulista relatou que ainda há moradores sem energia elétrica em suas residências, mesmo uma semana após a tempestade que atingiu o estado. Os bairros mais afetados relatam problemas persistentes, como é o caso da Vila Mariana, na zona sul da capital, e da Vila Formosa, na zona leste.
A Enel também está enfrentando procedimentos em esferas do Executivo, Legislativo e do Judiciário. A Prefeitura de São Paulo informou que pretende processar a empresa por conta da falta de energia, e o Ministério Público de São Paulo propôs que a Enel pague uma indenização aos 2,1 milhões de imóveis atendidos pela empresa no estado que ficaram sem luz. Além disso, o presidente da Enel Distribuição SP foi convocado para depor em uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa de São Paulo, juntamente com o presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno. Os deputados estaduais devem questioná-los sobre a redução no quadro de funcionários da empresa.
Apesar de a concessão dos serviços de distribuição de energia ser federal e regulada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo também aprovaram a abertura de uma CPI para investigar a prestação de serviço da Enel na cidade.
A Enel se comprometeu a prestar todas as informações necessárias às autoridades e destacou a relação de transparência com seus clientes e públicos, além de reafirmar seu compromisso em oferecer um serviço de qualidade à população. A situação segue em constante monitoramento e as autoridades continuam a pressionar pela resolução definitiva do problema, com o intuito de garantir que situações como essa não voltem a ocorrer.