Em uma mensagem publicada no X (antigo Twitter) nesta sexta-feira, 10, Eduardo Bolsonaro alfinetou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e classificou as acusações como uma estratégia para encobrir outros problemas relevantes enfrentados pelo país. Este é um tema que tem gerado grande repercussão e que requer uma atenção especial por parte da população e das autoridades.
Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi preso durante uma operação da PF em maio, relacionada a fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente e de sua filha Laura. Em setembro, ele foi libertado após firmar o acordo de colaboração premiada, que ainda está em segredo de Justiça.
De acordo com informações que vieram a público, Eduardo e Michelle Bolsonaro teriam sido citados como parte de um grupo de conselheiros radicais do ex-presidente, que teriam incitado Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado após perder as últimas eleições para Lula. Supostamente, um dos argumentos utilizados para convencer o ex-presidente teria sido o amplo apoio da população e dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).
Além disso, a delação de Cid também mencionou uma reunião de Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas para avaliar a possibilidade de apoio a um golpe. Segundo Cid, o ex-presidente teria apresentado uma minuta escrita por Filipe Martins, um ex-assessor presidencial investigado por gestos supremacistas dentro do Senado.
Na tentativa de se defender das acusações, os advogados que representam Eduardo e Michelle divulgaram uma nota, classificando as declarações como “absurdas e sem qualquer amparo na verdade”. Eles também tentaram acessar o conteúdo da delação, mas tiveram o pedido negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No contexto jurídico, o acordo de colaboração premiada é um meio de obtenção de prova, e, para ser considerado eficaz, Mauro Cid terá que apresentar elementos que levem as autoridades a comprovar as acusações feitas. Portanto, o desenrolar desse caso ainda aguarda por novos desdobramentos e a produção de provas que confirmem ou refutem as graves acusações feitas.