A promessa de liberar a saída dos brasileiros foi feita pelo chanceler de Israel, Eli Cohen, ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. Segundo fontes do Itamaraty, o grupo de brasileiros estava aguardando uma definição desde o mês passado, quando foram alojados em casas alugadas pelo Ministério de Relações Exteriores em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Entretanto, a garantia inicial de que os brasileiros seriam autorizados a deixar Gaza até quarta-feira não foi cumprida. O chanceler israelense justificou que “fechamentos inesperados na fronteira” impediram a saída do grupo. As autoridades brasileiras relatam que um ônibus, medicamentos e alimentos já estavam prontos para o transporte do grupo ao aeroporto do Cairo, onde um avião da FAB aguarda para repatriá-los.
A saída dos brasileiros e estrangeiros foi possibilitada após um acordo negociado com a ajuda do Catar e dos Estados Unidos, além da abertura do posto de Rafah para a entrada de ajuda humanitária. O posto estava fechado desde os atentados terroristas do Hamas no dia 7 de outubro, impedindo a entrada e saída de pessoas do território palestino.
A expectativa é de que a retirada dos brasileiros e estrangeiros ocorra sem maiores problemas, apesar dos rigorosos controles alfandegários e de pessoas que são submetidos na passagem de Rafah. Com a autorização para a saída, encerra-se um período de incerteza e angústia para esses estrangeiros, que estavam retidos em meio ao conflito entre Israel e o Hamas. A liberação foi um alívio para as autoridades brasileiras e para os próprios cidadãos envolvidos, que agora terão a oportunidade de retornar aos seus lares em segurança.