Montadoras estabelecidas no Sul e Sudeste têm se oposto à emenda, alegando que ela cria uma competição desigual. No entanto, Raquel Lyra defende a renovação dos incentivos, argumentando que o programa busca reduzir as desigualdades regionais ao privilegiar e incentivar indústrias que encontram dificuldades de estabelecimento no Nordeste devido ao déficit de infraestrutura na região.
A governadora destacou que apenas um terço de todos os benefícios fiscais é direcionado para o Nordeste e Norte do país, enquanto a maior parte é concedida no Sudeste. Ela ressalta que a renovação dos benefícios fiscais para a indústria automobilística possibilitará um investimento de US$ 1,5 bilhão por parte da Stellantis em Pernambuco ao longo da próxima década.
No entanto, Raquel Lyra também criticou o critério populacional que será utilizado na distribuição de 30% dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), de acordo com a versão da reforma aprovada no Senado. Ela defende que a partilha siga apenas os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE), cujo conceito é baseado no Produto Interno Bruto (PIB) invertido, o que, na visão da governadora, ajudaria a combater as desigualdades regionais.
Diante disso, a governadora frisou a importância de garantir que o ganho de competitividade ocorra no Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, onde ainda é necessária a melhoria da infraestrutura para impulsionar o desenvolvimento econômico.
Com a renovação dos incentivos fiscais para a indústria automobilística, Pernambuco pode se beneficiar significativamente com os investimentos da Stellantis, fortalecendo a economia local e gerando empregos na região. No entanto, as discussões sobre a distribuição justa de recursos e a redução das desigualdades regionais continuam em pauta, mostrando que as decisões envolvendo incentivos fiscais e desenvolvimento regional são complexas e demandam um debate aprofundado.