Segundo relatos de frequentadores da cracolândia, eles são conduzidos diariamente por guardas-civis metropolitanos para determinados pontos, como a rua Mauá. A presença dos usuários trouxe consequências para os lojistas da região, que viram seus fregueses sumirem desde a chegada dos primeiros usuários. Alguns estabelecimentos tiveram que fechar mais cedo e suspender serviços como o de jantar devido à situação.
Além disso, a migração da cracolândia impactou as garotas de programa que atuam na região, obrigando-as a dar a volta pela rua para chegar aos hotéis que ficam na Mauá, o que afastou os clientes. Os passageiros que tentavam acessar a rua Mauá pela estação da Luz também demonstraram indignação com a situação, ressaltando a falta de comunicação por parte da CPTM.
Todo esse cenário se desenrola em meio a um histórico recente de tensão na região, com saques a lojas, tumultos e bloqueios de vias. A inquietação dos moradores, comerciantes e frequentadores da região reflete a necessidade de soluções efetivas para lidar com esse problema social persistente. A ausência de um direcionamento claro por parte das autoridades e a falta de diálogo sobre o assunto estão exacerbando as dificuldades enfrentadas pelos que vivem e trabalham na região da Luz.
Essa nova dinâmica, que começou na terça-feira (7) e se repete diariamente, evidencia a necessidade de políticas públicas que considerem a complexidade da situação na cracolândia e ofereçam respostas abrangentes para a questão, buscando equilibrar a segurança e o bem-estar daqueles que são impactados por essa realidade.