Segundo seu agente, Vitor Philomeno, Marina era uma excelente profissional, uma professora dedicada e uma pessoa de fácil trato. Ela levava a profissão muito a sério e possuía uma ética profissional impecável. O cantor lírico Homero Velho, amigo de Marina por mais de 15 anos, lembra que ela sempre encarava suas apresentações com seriedade e paixão, independentemente de onde fossem realizadas.
O talento e a personalidade de Marina eram algo marcante para os amigos. O cantor relembra que Marina era uma mulher alta com braços longos e que em suas apresentações sempre deixava sua marca registrada ao levar os braços para trás dos cabelos. Mas era sua alegria contagiante, sua capacidade de fazer com que todos se sentissem seus melhores amigos de forma natural, que a tornava especial. Segundo a diretora cênica Julianna Santos, Marina enxergava a vida com positividade, promovia conversas profundas e criava elos entre as pessoas.
Mesmo lutando contra a doença, Marina preferiu manter sua privacidade e discrição. Ela deixa para trás uma rede de amizades, uma família e seu marido, Hugo, com quem começou a namorar na adolescência. Sua morte é uma perda inestimável para a comunidade musical e para todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la e desfrutar de sua voz deslumbrante no palco. A soprano Marina Considera deixa saudade e muitas recordações aos que tiveram a felicidade de compartilhar momentos com ela.