PMs da Alegria: Como policiais se transformam em palhaços para espalhar sorrisos e inspirar a comunidade

O 36º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), localizado em Embu das Artes, na Grande São Paulo, está testemunhando uma iniciativa que vai muito além do uniforme padrão dos policiais. Os cabos Wisnheski e Zalma são os responsáveis por um projeto chamado “PMs da Alegria”, que consiste em visitas a pacientes em hospitais, participação em eventos e palestras tanto dentro como fora da corporação, sempre vestidos como palhaços.

Esta iniciativa teve início em 2016, a partir de uma amizade duradoura e de um desejo em comum entre os policiais. A história dos dois se uniu em 2011, quando Zalma auxiliou Wisnheski em uma ocorrência, e ambos descobriram seu interesse em visitar pacientes e levar alegria a locais como hospitais. A ideia inicial de Zalma, originada de um acidente de carro em 2009, era trazer felicidade a outros pacientes, mas ninguém acolheu a proposta. Já Wisnheski, um entusiasta do palhaço desde a infância, compartilhava o mesmo desejo e juntos deram início à iniciativa.

Os esforços para a criação do projeto resultaram na formação dos personagens Capitão Edinho e Soldado Risadinha, e a missão dos PMs da Alegria se tornou uma realidade. A intenção deste projeto é romper com os estereótipos que algumas pessoas têm sobre a polícia, humanizando o contato com a sociedade e quebrando preconceitos acerca dos integrantes da instituição.

Desde a concretização do projeto, as atividades não param. Além de visitas a quartéis, festas de aniversários e formaturas, os PMs da Alegria também realizam palestras para policiais e centros médicos. O foco das apresentações são temas como drogas e saúde mental, e o propósito é levar alegria e informação para um público diverso, que engloba desde crianças até adultos.

Entretanto, as ações dos PMs da Alegria vão muito além do entretenimento. Eles promovem ações solidárias, como doações de alimentos e brinquedos, e também incentivam a prática esportiva, principalmente em crianças. Wisnheski, por exemplo, ministra aulas de jiu-jitsu em uma escola em Taboão da Serra, e dentre os alunos, está um adolescente autista, cuja qualidade de vida melhorou significativamente a partir da prática esportiva.

As memórias criadas através destas ações são imensamente significativas, destacando-se a visita a mãe de Wisnheski, internada com AVC, e a ocasião em que os PMs da Alegria realizaram o sonho de um menino de 6 anos que expressava admiração pela corporação.

Apesar dos desafios em conciliar o trabalho na polícia com o voluntariado e em cobrir os gastos envolvidos no projeto, Wisnheski e Zalma continuam comprometidos com a continuidade do “PMs da Alegria”. O reconhecimento advindo do sorriso e do bem-estar das pessoas alcançadas é a maior recompensa para estes policiais, que valorizam a capacidade de transformar vidas e tornar o mundo um lugar mais feliz.

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