Mercados europeus têm alta impulsionada por perspectiva de relaxamento no aperto monetário dos bancos centrais e publicação de balanços.

Hoje, as bolsas da Europa fecharam em sua maioria em alta, impulsionadas por perspectivas de alívio no aperto monetário dos bancos centrais locais. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,32%, chegando a 444,21 pontos. Essa movimentação foi respaldada por indicadores e declarações de dirigentes.

Pela manhã, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, falou sobre a possibilidade de corte de juros, ressaltando que ainda é cedo para tomar essa decisão. Ele também disse esperar que a inflação no Reino Unido desacelere razoavelmente até o fim do ano. Por sua vez, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Pierre Wunsch, afirmou que a perspectiva de elevar mais os juros tem diminuído e pode não se materializar, especialmente na ausência de um novo choque no preço da energia. No entanto, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, expressou preocupação com a queda da inflação na zona do euro, destacando que essa redução foi motivada por uma reversão dos aumentos nos preços de energia de um ano antes.

Além dessas declarações, houve publicação de balanços de empresas. No setor bancário, o alemão Commerzbank e o francês Crédit Agricole superaram as expectativas de lucros. Com esses resultados, a ação do Commerzbank avançou 0,58% em Frankfurt, onde o DAX subiu 0,51%, a 15.229,60 pontos, enquanto a do Crédit avançou 1,14% em Paris, onde o CAC 40 teve alta de 0,69%, chegando a 7.034,16 pontos. Em Milão, o FTSE MIB ganhou 0,13%, a 28.433,33 pontos, e em Madri, o Ibex 35 subiu 0,60%, a 9.291,40 pontos. Em Lisboa, os ganhos foram mais contidos devido à crise política desencadeada pela renúncia do primeiro-ministro António Costa, levando o PSI 20 a subir apenas 0,06%, a 6.231,32 pontos, após uma forte queda na terça-feira.

Com relação ao cenário alemão, a inflação ao consumidor desacelerou ao nível mais baixo desde agosto de 2021, enquanto as vendas no varejo da zona do euro caíram mais do que o previsto em setembro ante agosto. Esses fatores reforçam uma possível recessão que, segundo o CMC Markets, “não é apenas moderada, é pior do que isso”.

Por fim, a Savannah, empresa responsável pela exploração de lítio em Portugal, que foi um dos catalisadores do escândalo, despencou 16,97% em Londres. Na capital britânica, o FTSE caiu 0,11%, a 7.401,72 pontos. O comportamento das bolsas europeias reflete as expectativas em relação às decisões dos bancos centrais e os desdobramentos de fatores econômicos internos e externos que podem impactar o mercado acionário.

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