Thaline aprendeu a plantar e cuidar das plantas, e afirma que o projeto trouxe um novo sentimento para ela e sua família, antes o beco era considerado feio, mas agora é mais verde e possui várias espécies de plantas. Com as altas temperaturas no Rio de Janeiro causadas pelas mudanças climáticas, o Projeto Favela Viva busca reduzir os efeitos da falta de árvores na comunidade.
A iniciativa do projeto visa promover ações socioambientais e já conta com 17 voluntários que plantaram 42 espécies, incluindo goiabeiras, abacateiros e outras espécies nativas da Mata Atlântica. O próximo passo é o plantio do pau-brasil. Ronaldo Rozendo, cofundador do projeto e mestrando em Geografia pela UERJ, afirma que a ideia é plantar espécies da Mata Atlântica para preservar o bioma no ambiente da favela.
O coletivo realiza mutirões mensais para o plantio, envolvendo os voluntários e moradores locais, com o objetivo de conscientizar a comunidade sobre a importância do meio ambiente. Milena Mota, participante do plantio há um ano e meio, destaca a importância de trazer mais qualidade de vida para os moradores e transmitir conhecimento para as crianças.
Segundo o professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, locais em vulnerabilidade tendem a sentir mais os impactos das mudanças climáticas. Ele destaca a importância do poder público atuar nessas áreas para preservar a vida e a saúde das pessoas, principalmente crianças e idosos.
Em um cenário de desafios ambientais, iniciativas como a do Projeto Favela Viva se tornam fundamentais para a conscientização e preservação do meio ambiente. O engajamento da comunidade local é essencial para garantir que a arborização e preservação da Mata Atlântica sejam prioridades no combate aos efeitos das mudanças climáticas. Ações como essa ajudam a transformar cenários urbanos de maneira positiva, trazendo benefícios para toda a população.