O padre reiterou que em nenhum momento manifestou apoio ao Hamas e que não compactua com qualquer forma de teor antissemita. Ele afirma que não estava segurando a faixa com esses dizeres e símbolos, e qualquer pessoa está sujeita a se ver rodeada por mensagens e símbolos com os quais não concorda em um espaço público.
A iniciativa do grupo de sionistas que se dizem de esquerda dividiu opiniões entre os próprios integrantes. O professor de sociologia Michel Gherman, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pediu a retirada de seu nome da carta e anunciou que não terá mais vínculo com o coletivo.
Em sua defesa, Lancellotti enfatizou que não atacou os judeus e que a cobrança do Coletivo para que demonstre o mesmo fervor pelos israelenses mortos pelo Hamas que demonstra pelos palestinos sitiados na Faixa de Gaza não faz sentido, uma vez que o mesmo grupo pede a renúncia do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.
O pároco afirmou que suas palavras não têm o poder de promover mudanças no curso da guerra travada entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Ele expressou seu desânimo ao ver seu nome associado a posições com as quais diz não compactuar, ressaltando que suas palavras não têm influência sobre a guerra.
O padre ainda apontou que as críticas geradas pela carta são exageradas e que pessoas estão implicando com ele sem razão. Ele ressaltou que lamenta receber mais mensagens de críticas do que manifestações de solidariedade e expressou desapontamento com a situação.
Em um evento relacionado ao lançamento de uma biografia, a ex-cerimonialista do Palácio dos Bandeirantes Brasilia de Arruda Botelho, recebeu convidados para o lançamento da biografia “Brasilia Botelho: A Grande Dama Cerimonialista” (Azulsol), escrita pelo jornalista Ricardo Viveiros, na Livraria da Travessa do shopping Iguatemi, na capital paulista, na noite de segunda (6). A ex-secretária de Educação de São Paulo, Rose Neubauer, esteve presente.
Assim, a controvérsia em torno do envolvimento do padre Julio Lancellotti em um ato pró-Palestina evidencia a divisão de opiniões em relação ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, gerando um intenso debate sobre solidariedade e responsabilidade em relação aos eventos na região do Oriente Médio.