Diante dessa situação, Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, ressaltou a necessidade de empresas e órgãos municipais, estaduais e federais se prepararem para lidar com eventos climáticos mais adversos. Segundo ele, este ano já foram registrados três grandes eventos climáticos, o que evidencia a importância de repensar aspectos urbanísticos, engenharia, legislação, normas regulatórias e ações operacionais no setor.
A dificuldade das distribuidoras, especialmente a Enel, em religar a energia e prestar informações precisas aos clientes indica possíveis deficiências nas equipes de atendimento, incluindo os call centers. De acordo com a Enel, cerca de 2.000 funcionários têm trabalhado 24 horas nas ruas para restabelecer o serviço, prevendo que até esta terça-feira a situação seja normalizada. Entretanto, ainda não há informações suficientes para afirmar se a falta de pessoal agravou o problema.
A Aneel, desde que foi informada sobre o temporal, tem monitorado as distribuidoras de São Paulo. Segundo Sandoval, as primeiras informações já indicavam que o estrago era grande e a situação caótica para o restabelecimento da energia em várias regiões. Diante disso, a Aneel entrou em contato com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitando agilidade nas ações para reestabelecer a energia e apurar as razões da demora.
Durante essa situação, uma das prioridades foi garantir energia para as 84 escolas afetadas pelo temporal, recorrendo a geradores onde necessário. Em alguns locais, parte do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado sem energia elétrica.
O restabelecimento da energia elétrica foi recebido com comemoração pelos moradores da zona sul de São Paulo. Buzinas, gritos, apitos e panelaços marcaram a celebração pelo retorno da luz, demonstrando a ansiedade e agravamento dos problemas causados pela falta de energia.
Diante desses eventos climáticos cada vez mais frequentes e intensos, é fundamental que as distribuidoras, autoridades municipais e órgãos governamentais trabalhem em conjunto para se preparar e atuar de maneira mais eficaz em situações de crise. Além disso, é necessário repensar aspectos urbanísticos, engenharia e normas regulatórias visando a mitigação dos impactos causados por eventos climáticos extremos.