O vice-almirante da Marinha, Renato Ferreira, explicou que a força vai atuar em uma área que impossibilita cruzar a Baía de Guanabara. Segundo ele, essa operação difere das demais, pois é fortemente baseada em informações de inteligência que irão indicar os locais onde é necessário atuar. Ferreira ressaltou que os militares estão preparados para confrontar os criminosos, caso seja necessário.
Ao todo, a Marinha está empregando 1.900 militares e 120 meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais. A maior concentração das tropas está no Rio de Janeiro, onde foi deslocado um batalhão e alguns navios de patrulha e avisos de patrulha na Baía de Guanabara. No entanto, até o momento, nenhuma apreensão foi realizada nas fiscalizações.
Além das baías de Guanabara e de Sepetiba, no Rio de Janeiro, a Marinha também está atuando no lago de Itaipu, nos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessa região, ocorre o escoamento de grãos na divisa do oeste paranaense com o Paraguai. A operação conta com o apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
No Rio de Janeiro, são aproximadamente 823 agentes nos acessos do porto do Rio e no patrulhamento interno dele, além da vistoria de navios e embarcações na Baía de Guanabara. Outros 183 homens estão em Sepetiba e Itaguaí. Além disso, 120 viaturas e embarcações blindadas estão sendo utilizadas.
A operação da GLO tem como foco os portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, visando coibir a entrada e saída de armas e drogas do país. O capitão de Fragata e porta-voz da operação, Rodrigo Fernandes, afirmou que a Marinha atuará intensificando os esforços unidos e integrados no combate a drogas, armas e outros ilícitos.
Segundo o comandante, a Marinha já realiza fiscalizações nas comunidades que têm saída para a Baía de Guanabara, mas os locais previstos para fiscalização e os pontos estratégicos serão definidos em conjunto com o setor de inteligência.
A operação da GLO está prevista para ocorrer até 3 de maio de 2024 e envolve a mobilização integrada das Forças Armadas nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itaguaí, além dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Guarulhos, em São Paulo. O decreto que instituiu a GLO foi assinado pelo presidente Lula em 1º de novembro.