A GLO foi decretada após episódios marcantes envolvendo a segurança pública no Rio de Janeiro, levando o governador Cláudio Castro a pedir ajuda federal. Dentre os eventos que desencadearam a operação, destaca-se a operação das polícias civil e militar contra lideranças do Comando Vermelho, resultando na execução de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca.
Armas furtadas do Exército em Barueri foram encontradas na cidade do Rio de Janeiro, reforçando a necessidade de combate ao tráfico de armas e drogas. Além disso, ataques a ônibus e um trem na zona oeste da cidade também motivaram a intervenção das Forças Armadas.
A Marinha está atuando por meio da operação Lais de Guia, ampliando suas atividades nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos, assim como nos aeroportos internacionais de Guarulhos e do Galeão. O objetivo principal é coibir ilícitos como tráfico de armas, drogas e outros tipos de criminalidade.
Apesar de sua atuação estar limitada a áreas específicas de controle federal, a operação não interfere nas ações das forças de segurança dos estados. O comandante explicou que a área de atuação é delimitada por portaria ministerial e abrange os cais, armazéns e algumas áreas do espelho d’água.
A ação da Marinha está sendo realizada de forma articulada com outros órgãos, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Transportes Aquaviários e Receita Federal. Os principais portões dos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos já foram ocupados e estão sendo realizados vasculhamentos e inspeções.
A missão de GLO nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo ocorrerá até 3 de maio de 2024 e tem o objetivo de preservar a segurança nessas áreas específicas. A ação conta com a coordenação dos ministros da Justiça e da Defesa, Flávio Dino e José Mucio, respectivamente.
As GLOs são previstas na Constituição Federal e conferem às Forças Armadas a autonomia necessária para atuarem como poder de polícia em áreas determinadas durante um período determinado. Desde 1992, já foram realizadas 145 missões de GLO no país, em situações como greves de policiais militares, grandes eventos e processos eleitorais.
Com a nova operação em andamento nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, espera-se uma maior efetividade no combate ao crime organizado e aos ilícitos que ocorrem nessas áreas. A atuação articulada entre os diversos órgãos envolvidos promete trazer resultados positivos para a segurança pública.