Bolsas americanas em alta e valorização do petróleo impulsionam o Ibovespa na abertura de semana

A bolsa de valores brasileira, conhecida como B3, abre a semana com uma alta moderada impulsionada pelo aumento das bolsas americanas e pela valorização do petróleo. Nesta segunda-feira, 6, a B3 passou a fechar mais tarde devido ao fim do horário de verão em Nova York. A expectativa é de que o Fed (Federal Reserve) comece a cortar os juros antes do previsto, o que reflete positivamente nas bolsas americanas e estimula o índice Bovespa.

No entanto, o ganho do Ibovespa é moderado, mesmo com a alta registrada na sexta-feira, 3, e as incertezas fiscais ainda preocupam os investidores. Além disso, a temporada de balanços das empresas nacionais está no radar, com destaque para os resultados da Embraer, Gol e Itaú Unibanco.

“A semana começa um pouco mais morna”, observa Matheus Spiess, da Empiricus Research, ressaltando que nos próximos dias serão divulgados dados e informações que podem ajudar os investidores em relação às apostas para os juros domésticos. Entre os principais eventos, estão a divulgação da ata do Copom, que cortou a Selic em meio ponto porcentual, e o IPCA de outubro.

O mercado está à espera de eventuais sinais fiscais e, por isso, os ativos passam por uma correção natural após os movimentos recentes. Os juros e o dólar caíram na sexta-feira, diante da percepção de que a economia dos Estados Unidos está arrefecendo, o que pode abrir espaço para o Fed adotar uma postura mais flexível.

No fechamento da última sexta-feira, o Ibovespa subiu 2,70%, chegando aos 118.159,97 pontos e acumulando uma valorização de 4,29% na semana. No entanto, o lado político e as discussões sobre a meta fiscal continuam pesando no índice. Já os juros futuros estão em alta, assim como os Treasuries, enquanto o dólar à vista volta a subir, mas ainda abaixo de R$ 5,00.

A mudança da meta fiscal de 2024 é dada como certa no Palácio do Planalto, mas o governo está dividido sobre a forma como isso será feito. A tendência é que a meta seja alterada para um déficit de 0,5% do PIB por meio de emenda parlamentar. Enquanto isso, Fernando Haddad tenta convencer o governo a adiar a mudança para março, quando será divulgado o primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do próximo ano.

Os investidores também estarão atentos à ata do Banco Central, que deverá explicar melhor seu balanço de riscos para o cenário de inflação, incluindo as incertezas geopolíticas e as indicações do governo em adotar uma política fiscal mais expansionista. Além disso, será relevante observar as projeções de inflação para 2024 e 2025 apresentadas pelo Banco Central.

Às 11h05 desta segunda-feira, o Ibovespa registrava uma alta de 0,29%, alcançando os 118.509,73 pontos.

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