No entanto, seu aviso contundente ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não foi bem recebido. Netanyahu menosprezou as palavras de Blinken, afirmando que Israel não abrirá mão de sua postura agressiva enquanto não houver uma solução para a segurança do país.
Diante desse impasse, Blinken se encontrou com altos funcionários jordanianos e outros países árabes, que estão profundamente desconfiados de Israel e irritados com a intensificação dos ataques contra o Hamas. Em Amã, o secretário de Estado se encontrou com o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati. O Líbano, que abriga o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã e hostil a Israel, preocupa os EUA, que temem que o Hezbollah assuma um papel mais ativo no conflito.
O secretário de Estado também se encontrou com o ministro das Relações Exteriores do Catar, país que se tornou um interlocutor influente do Hamas. O Catar desempenhou um papel fundamental nas negociações para a libertação de reféns detidos pelo grupo e para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza.
Blinken ainda teve conversas em grupo com os ministros das Relações Exteriores do Catar, Jordânia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, além de se encontrar com o presidente do comitê executivo da Organização para Libertação da Palestina (OLP). Todos esses países condenaram as táticas de Israel contra o Hamas, considerando-as uma punição coletiva ilegal ao povo palestino.
A próxima parada de Blinken é o encontro com o rei Abdullah II da Jordânia, cujo país tomou a decisão de chamar de volta seu embaixador em Israel até que a crise em Gaza seja resolvida. Essa postura reflete a insatisfação e preocupação dos países árabes com a situação.
Antony Blinken segue seu esforço diplomático na região em busca de apoio e alívio para a crise humanitária em Gaza. Os desafios são grandes, mas o secretário de Estado dos EUA mostra determinação em encontrar uma solução pacífica para o conflito.