Polícia Militar do Rio de Janeiro encontra corpo de líder de milícia em zona oeste da cidade.

Na noite desta sexta-feira (3), a Polícia Militar do Rio de Janeiro encontrou o corpo do miliciano Allan Ribeiro Soares, conhecido como Nanan ou Malvadão. Ele era rival de Luís Antônio da Silva Braga, mais conhecido como Zinho, considerado o chefe da maior milícia da cidade.

De acordo com informações da polícia, o corpo foi encontrado no Complexo João 23, localizado em Santa Cruz, zona oeste da cidade. Os policiais foram verificar um alerta de tiroteio na região e durante o patrulhamento encontraram os corpos com marcas de disparo por arma de fogo. Além disso, foram apreendidos uma pistola e quatro carregadores municiados. O local foi isolado e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada para investigar o caso.

Nanan e Zinho estavam envolvidos em uma guerra pelo controle de áreas na zona oeste. Essa região convive com uma espécie de poder paralelo formado por milícias, que monopolizam serviços como Internet e gás de cozinha, controlam a prostituição e extorquem comércios de diversos tipos, chegando até mesmo a vender gelo nas praias.

Zinho assumiu a liderança da milícia após a morte de Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, no ano passado. Ele teria sido o responsável pelos ataques que incendiaram 35 ônibus e um trem na zona oeste do Rio, em outubro de 2023, como retaliação pela morte de seu sobrinho em uma ação policial. Esses ataques deram início a uma série de operações contra os grupos criminosos, contando com apoio da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

No dia 31 de outubro, pai e filho, Dalmir Pereira Barbosa e Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, foram presos sob suspeita de comandarem a milícia de Rio das Pedras, também na zona oeste. Taillon teria sido o alvo de traficantes que, por engano, assassinaram três médicos em um quiosque de praia na Barra da Tijuca, no dia 5 de outubro. Acredita-se que os assassinos tenham confundido o médico ortopedista Perseu Ribeiro Almeida com Taillon.

Durante a prisão dos suspeitos, foram detidos três homens armados que faziam a segurança de Taillon. Dois deles eram policiais militares ativos e o terceiro, militar do Exército também ativo. Todos foram presos em flagrante.

A Polícia continua investigando o caso para esclarecer todos os fatos relacionados às milícias na zona oeste do Rio de Janeiro.

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