O acidente aconteceu na pista de pouso de um resort de luxo desativado em Maraú. Eduardo Elias, que sofreu queimaduras de terceiro grau em 43% do seu corpo, perdeu a mulher Marcela Marques Elias e o filho Eduardo Marques Elias, de seis anos. Além deles, também morreram no acidente Maysa Mussi, cunhada de Eduardo, e Tuka Rocha, ex-piloto de Stock Car.
Eduardo Elias afirmou que a viagem tinha como destino a casa de um concunhado, responsável pelo fretamento do jatinho. O voo saiu do aeroporto de Jundiaí, em São Paulo. O advogado Luiz Arena Alvarez, que o representa, afirmou à Justiça que Eduardo não sabia que a aeronave estava fazendo táxi aéreo clandestino.
Segundo o processo, o comandante do voo cometeu um erro gravíssimo que causou o acidente e abandonou a aeronave sem abrir a porta principal para salvar a vida dos passageiros. Marcela Elias não conseguiu sair e Eduardo retirou o filho, mas o garoto não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Na defesa apresentada à Justiça, o empresário Abdalla alegou não ter responsabilidade pelo acidente. Ele afirmou que o jato estava em perfeitas condições e que o piloto havia sido contratado pelos passageiros. Os advogados do empresário afirmaram que a causa do acidente não tem relação técnica com a aeronave.
No entanto, a Justiça não aceitou a argumentação e Abdalla foi condenado em primeira e segunda instância. O desembargador Fábio Podestá, relator do processo, afirmou que o empresário tem responsabilidade sobre o voo e que houve pagamento a uma terceira pessoa. A decisão estabelece o pagamento de uma indenização e uma pensão mensal.
Os valores da condenação ainda serão atualizados e uma perícia será realizada para calcular os gastos a serem restituídos com despesas médicas. Abdalla, que também responde a processos abertos por familiares de outras vítimas do acidente, ainda pode recorrer da decisão.