O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 4,896, com uma queda de R$ 0,068 (1,54%). A moeda já iniciou o dia em baixa, mas intensificou a queda após a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos. No momento de menor valor durante o dia, por volta das 9h50, a cotação chegou a R$ 4,87.
Com o desempenho alcançado nesta sexta-feira, o dólar já apresentou uma queda de 2,88% apenas nos três primeiros dias de novembro. Em relação ao ano, a moeda acumula uma baixa de 7,27%. Esse é o menor valor do dólar desde 20 de setembro, quando havia fechado a R$ 4,88.
O mercado de ações também apresentou fortes ganhos durante o dia. O índice Ibovespa, que representa as ações mais negociadas na B3, fechou o dia em 118.160 pontos, registrando uma alta de 2,7%. Esse foi o maior ganho diário desde 5 de maio, e o indicador alcançou seu nível mais alto desde 20 de setembro.
A queda do dólar e a subida da bolsa de valores podem ser explicadas pela divulgação de que a economia norte-americana criou menos empregos do que o esperado em outubro. No mês passado, foram criados 150 mil postos de trabalho, número abaixo das expectativas de 180 mil empregos.
Esses dados reduziram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed), que é o Banco Central dos Estados Unidos, aumente as taxas de juros antes do final deste ano. Sendo assim, as chances de que haja altas nas taxas de juros foram diminuídas, o que estimula a aplicação de recursos em países emergentes, como o Brasil.
Mesmo com o agravamento do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, o mercado financeiro ainda não sofreu turbulências significativas, especialmente porque a guerra não está impactando diretamente na produção de petróleo.
A situação do mercado financeiro ainda pode sofrer alterações, mas até o momento, a divulgação desses dados econômicos fracos nos Estados Unidos geraram um dia de euforia, resultando em uma queda histórica do dólar e uma alta expressiva na bolsa de valores.