Durante a entrevista, o general ressaltou que a falta de ação por parte dos militares foi o fator que possibilitou o ocorrido. “O fator responsável por esse episódio foram as pessoas que deixaram de fazer o que deveriam fazer. Isso está muito bem diagnosticado. Essas pessoas foram sancionadas disciplinarmente e podem também estar criminalmente envolvidas. E aí o inquérito criminal militar é que vai chegar a essa conclusão”, afirmou Gama.
Apesar disso, o chefe do Estado-Maior defendeu o sistema de segurança aplicado pelo Exército na guarda das armas e declarou que os protocolos estão sendo revisados. “O processo [de segurança], desde o dia em que houve esse episódio, está sendo revisto, as pessoas estão sendo responsabilizadas, processos aperfeiçoados, mas todo nosso processo, em qualquer quartel, ele é muito eficiente. Tem câmeras, alarmes, toda sistemática para segurança do armamento”, destacou.
Gama também destacou que o Exército já sabia, desde quando foi constatado o furto das armas, que a ação havia sido realizada por militares. “Quando descobrimos que esse armamento foi subtraído, já sabíamos que tinha participação do pessoal do quartel”, afirmou o general.
Até o momento, nenhum militar foi preso criminalmente. No entanto, o Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiram recuperar mais duas armas que haviam sido furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo na madrugada desta quarta-feira. Das 21 armas subtraídas, 19 foram recuperadas.
Em nota oficial, o Comando Militar do Sudeste afirmou que considera o episódio inaceitável e continuará empenhado em recuperar todo o armamento o mais rápido possível e responsabilizar todos os envolvidos. Nesta quarta-feira, o Exército e a Polícia Militar realizaram mandados de busca e apreensão em quatro endereços do bairro Jardim Galvão, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, apreendendo equipamentos eletrônicos para auxiliar nas investigações.