De acordo com Marinho, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que autorizou a retomada dos estudos e processos administrativos, reconhece a importância da Ferrogrão para o escoamento da produção de diversos itens, como milho, soja, farelo de soja, óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados de petróleo. Além disso, o senador ressalta que a ferrovia pode gerar uma economia de R$ 19,2 bilhões por ano no custo do frete em comparação com a utilização de rodovias. Além disso, a construção da Ferrogrão tem a expectativa de criar 385,8 mil empregos diretos e indiretos, além de reduzir o número de acidentes nas rodovias e proporcionar uma compensação socioambiental no valor de mais de R$ 735 milhões.
Para embasar sua argumentação, Zequinha Marinho compara o ritmo de construção de ferrovias no Brasil com outros países e afirma que, enquanto o Brasil ainda está realizando estudos sobre os impactos da Ferrogrão, o mundo já construiu 34 mil quilômetros de estradas de ferro.
O parlamentar também cita um levantamento feito pela Frente Parlamentar da Agropecuária, o qual revela que a preferência pelo modal rodoviário tem resultando em um desperdício equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, um valor que chega a cerca de US$ 10 bilhões. Ele ainda ressalta que o atraso na construção da ferrovia atende aos interesses econômicos de um monopólio logístico estabelecido no eixo Sul-Sudeste.
Segundo o senador, esse atraso na obra é resultado de pressões econômicas de grupos que não desejam perder seu monopólio logístico. Marinho alerta para as perdas que o Brasil tem por conta desses interesses particulares, afirmando que são prejuízos para o país como um todo.
O projeto da Ferrogrão é de extrema importância para a economia brasileira, principalmente para os produtores agrícolas da região. A ferrovia promete trazer uma série de benefícios, desde a redução de custos de transporte até a criação de milhares de empregos. Agora, é necessário que o projeto saia do papel e se torne realidade, para que o Brasil possa acompanhar o ritmo das construções ferroviárias em outros países e aproveitar todas as vantagens que a Ferrogrão pode trazer.