Para o “Mal-Estar Militar”, desrespeitar as regras democráticas não é motivo de preocupação. Pelo contrário, ele se diverte com suas travessuras, como vestir sua roupa verde-oliva, óculos escuros Ray-Ban e conduzir um tanque com escapamento soltando fumaça preta. O que realmente o incomoda é ser punido pelos seus desmandos.
Apesar de alguns considerarem o “Mal-Estar Militar” apenas uma fantasia de Halloween, algumas pessoas temem o que se esconde por trás dessa figura. A proximidade entre o Dia das Bruxas e o Dia dos Mortos não deixa ninguém esquecer o período recente em que as balas disparadas por esse fantasma eram de chumbo.
Essa proximidade não é mera coincidência. O Halloween tem raízes na tradição católica, apesar de sua festividade ter adquirido características pagãs ao longo dos anos. O termo “Halloween” é uma abreviação de “All Hallows Even”, que significa véspera de Todos os Santos. A festa pagã Samhain, comemorada na Grã-Bretanha, foi incorporada ao calendário cristão pelo papa Gregório 3º no século 8. A fixação do Dia de Finados em 2 de novembro ocorreu posteriormente, no século 13.
Portanto, é inútil e até grosseiro tentar combater o sucesso do Halloween, justificando-o como uma forma de “entreguismo cultural”. Essa festa já faz parte da cultura popular globalizada e é impossível ignorá-la. Em vez disso, seria mais proveitoso incorporar elementos da cultura brasileira, como o Saci-Pererê, às comemorações do Halloween.
Desejo boas férias aos leitores. Até 7 de dezembro!