Nagel também é presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank) e afirmou que o BCE está empenhado em retornar à meta de inflação de 2% no médio prazo. Ele ressaltou que a decisão de manter as taxas de juros na última reunião foi acertada, levando em consideração a perspectiva atual para a inflação e o aperto monetário já alcançado.
O membro do conselho do BCE destacou a importância de não abandonar a política monetária prematuramente. Ele afirmou que as taxas de juros precisam permanecer em um nível suficientemente restritivo por um período prolongado. Nagel ressaltou que ainda não é possível determinar se as taxas de juros já atingiram o pico e que a instituição continua altamente dependente dos dados econômicos.
Além disso, Nagel mencionou vários riscos de alta para a inflação, como as tensões geopolíticas no Oriente Médio, que podem elevar os preços do petróleo e aumentar a incerteza no médio prazo.
O membro do conselho do BCE também abordou o euro digital e considerou-o como um passo importante e lógico. Ele acredita que essa iniciativa poderia promover maior concorrência em transações transfronteiriças. Nagel concordou com a decisão do conselho de iniciar os trabalhos preparatórios para o euro digital, mas ressaltou que ainda não há uma decisão definitiva sobre sua introdução. Ele argumentou que é necessário criar primeiro um arcabouço legal estável. Nagel estimou que, se tudo correr bem, levará de quatro a cinco anos para que o euro digital seja adotado.
Dessa forma, fica claro que o Banco Central Europeu está comprometido em alcançar a estabilidade de preços na zona do euro e continua monitorando de perto os indicadores econômicos para tomar decisões adequadas em relação à política monetária. Além disso, a introdução do euro digital é considerada um passo importante para promover transações além das fronteiras nacionais, mas ainda há desafios a serem superados antes de sua implementação.