O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Cidão, expressou sua insatisfação com a postura da empresa: “Infelizmente a empresa, mais uma vez, usou de subterfúgio no sentido de não apresentar uma proposta para readmissão e anulação das demissões até então efetuadas. É lamentável que a empresa continue com a sua intransigência, continue com o mesmo sentimento de maldade até então implantado contra os trabalhadores”.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes também decidiu manter a greve em solidariedade aos trabalhadores demitidos. A paralisação, que teve início em 23 de outubro, continuará nas fábricas. O objetivo é reverter as demissões e encontrar soluções que não prejudiquem os trabalhadores. Até o momento, foi confirmado o número de 1,2 mil demissões nas três plantas: Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos.
A GM tem enfrentado críticas por demitir esses trabalhadores em meio a uma crise econômica que afeta o setor automotivo. A empresa alega que as demissões são necessárias para reduzir custos e garantir a sustentabilidade da operação. No entanto, os sindicatos argumentam que a GM obteve lucros nos últimos anos e deveria buscar alternativas antes de demitir funcionários.
A situação está gerando preocupações entre os trabalhadores e suas famílias, pois as demissões afetam não apenas a renda deles, mas também a estabilidade financeira de toda a região. A comunidade local está se mobilizando para apoiar os grevistas e pressionar a GM a rever sua decisão.
O impasse entre a GM e os sindicatos continua e a expectativa é que novas negociações ocorram para tentar chegar a um acordo. Enquanto isso, os trabalhadores permanecem firmes em sua luta por seus empregos e direitos, e a greve segue por tempo indeterminado.