A prova, que teve início às 13h, consistiu na resolução de 72 questões de múltipla escolha, abordando temas como língua portuguesa, matemática, história, geografia, filosofia, sociologia, física, química, biologia e inglês.
Professores avaliaram que a primeira fase exigiu dos candidatos um bom conhecimento de atualidades e habilidades de interpretação. Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do Objetivo, destacou a importância da habilidade de leitura na prova, que demandava a interpretação de gráficos, tirinhas e imagens. Ela também ressaltou a relevância dos temas abordados, como comunidades tradicionais, terremoto e moradores de rua.
No campo da história, a prova foi considerada mais fácil que nos anos anteriores, porém diversificada, com uma abordagem sociocultural em vez de político-tradicional. Marcus Vinícius de Morais, professor de história da Oficina do Estudante, enfatizou a valorização de protagonistas negros, indígenas e mulheres, além do uso de diferentes fontes de informação, como sermões, fotos e textos.
Em relação à prova de inglês, ela foi apontada como uma das mais difíceis. Vera Lúcia, do Objetivo, ressaltou que não era suficiente apenas saber a língua estrangeira, era necessário compreender o texto apresentado. Já Márcio Pantoja, professor do Oficina do Estudante, afirmou que a prova manteve a tradição de cobrar uma diversidade de gêneros textuais, com temas como racismo, cultura indígena e tecnologia.
No aspecto da matemática, a prova foi considerada mais fácil em comparação com a do ano anterior. Rodrigo do Carmo, da Oficina do Estudante, destacou que os conteúdos abordados foram mais concentrados no que é tradicionalmente ensinado no primeiro e segundo ano do ensino médio. Ele ressaltou também a presença de uma questão sobre a lei dos cossenos, que há anos não era abordada na primeira fase.
Sérgio Paganim, diretor do Curso Anglo, afirmou que a prova exigiu dos candidatos três pilares: leitura, relações e capacidade de contextualização. Em filosofia, por exemplo, Paganim destacou que o texto fornecido era suficiente para se chegar à resposta. A prova também apresentou questões que pediam para relacionar uma notícia sobre uma mulher espancada após boatos nas redes sociais com a leitura obrigatória “Olhos D’Água”, de Conceição Evaristo. No quesito contextualização, a banca exigiu conhecimentos detalhados sobre determinados assuntos.
Na primeira fase do vestibular, os candidatos disputam 2.537 vagas em 69 cursos de graduação oferecidos pela Unicamp. O gabarito oficial será divulgado na quarta-feira (1º) e a lista de aprovados sairá em 23 de novembro.
Além disso, foi divulgado o calendário para o vestibular da Unicamp em 2024. A divulgação dos aprovados para a segunda fase ocorrerá em 23 de novembro, assim como a divulgação dos locais de prova e das notas de corte. As provas da segunda fase estão agendadas para os dias 3 e 4 de dezembro, enquanto as provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança ocorrerão entre 7 e 9 de janeiro de 2023. A primeira chamada será divulgada em 29 de janeiro, com matrícula online nos dias 30 e 31 de janeiro.