O MPRJ argumentou, tanto no recurso especial quanto na medida cautelar, que Rogério 157 está preso em uma penitenciária federal de segurança máxima desde 2018, devido ao seu papel na cúpula de uma facção criminosa que atua no Rio de Janeiro. Segundo o MPRJ, a permanência do traficante fora do estado atende às necessidades da política atual de segurança pública ao dificultar a comunicação e articulação do criminoso com outros membros da facção.
Após a decisão da 6ª Câmara Criminal que autorizou sua transferência, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, usou sua conta em uma rede social para se manifestar. Ele afirmou que, em meio a uma situação delicada, na qual todo o país está acompanhando, receberam uma determinação judicial para transferir um líder de facção do estado do Rio de Janeiro de volta para uma unidade prisional carioca. Cappelli ressaltou a importância da cooperação de todos no combate ao crime organizado.
Rogério 157 assumiu o controle do tráfico de drogas na comunidade da Rocinha em 2017, após se confrontar com o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem, de quem ele era braço direito e comandava o comércio ilegal na localidade. Os conflitos na Rocinha se intensificaram, resultando na intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro durante o governo de Michel Temer. Em dezembro de 2017, Rogério foi capturado pelas autoridades.
De acordo com o MPRJ, o traficante permanecerá no presídio federal até o julgamento do recurso especial que também foi interposto pelo órgão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Portanto, o futuro de Rogério 157 continua incerto e os desdobramentos sobre sua permanência no presídio federal de Porto Velho ainda serão definidos pelo STJ.