O cabo compareceu ao Arsenal de Guerra na última sexta-feira, acompanhado de um advogado e portando o atestado psiquiátrico. Ele era motorista do ex-diretor da unidade, que foi exonerado do cargo após o furto das armas, mas não é suspeito de envolvimento no crime.
Segundo as investigações, o militar teria utilizado uma picape do diretor para transportar as armas para fora do quartel. Ele é um dos seis militares suspeitos de participação direta no furto e o Exército solicitou a prisão preventiva de todos eles ao Superior Tribunal Militar. Até o momento, nenhum dos suspeitos foi preso.
O caso está sob sigilo, determinado pelo juízo da 2ª Auditoria da 2ª CJM. Inicialmente, foi divulgado que sete militares eram suspeitos do crime, mas o Exército afirma que não houve participação de civis no furto.
Se forem presos, os seis militares serão levados para o 2º Batalhão de Polícia do Exército, em Osasco, onde permanecerão até a conclusão do inquérito. Além disso, 19 militares já foram condenados a prisões administrativas dentro da unidade de Barueri, com penas que variam de 1 a 20 dias de detenção.
Os detidos estão entre os 20 militares responsáveis pela vigilância das instalações no momento em que o armamento foi subtraído. Das 21 armas furtadas, 17 foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e São Paulo, porém, quatro metralhadoras com poder antiaéreo continuam desaparecidas.
O furto teria ocorrido durante o feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava esvaziado. O circuito de energia foi desligado, desativando as câmeras de segurança e o alarme do paiol. Sem o alarme e as imagens, pelo menos três militares teriam agido para romper o cadeado que protegia as armas e as transportaram para fora do quartel.
O desaparecimento das armas só foi notado no dia 10 de outubro, quando foi constatado que o cadeado havia sido trocado. Após a descoberta, os 480 militares do Arsenal de Guerra ficaram aquartelados por uma semana e foram sendo liberados gradualmente até a última terça-feira.