Apesar desse crescimento, os idosos centenários representam uma parcela muito pequena da população brasileira. Em 2022, eles eram apenas 0,02% do total de habitantes, que era de cerca de 203,1 milhões. Em comparação com 2010, houve um aumento nessa proporção, que era de 0,01%.
Para se ter uma ideia da dimensão desse número, os 37,8 mil idosos com cem anos ou mais são quase a metade da capacidade do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, que comporta 78,8 mil pessoas.
No que diz respeito à distribuição geográfica desses idosos centenários, a Bahia foi o estado que registrou o maior número, com 5.336 pessoas nessa faixa etária. São Paulo (5.095) e Minas Gerais (4.104) vieram em seguida. Já Roraima (73) e Acre (142) apresentaram os menores contingentes.
Além disso, o Censo 2022 também apontou um envelhecimento acelerado da população brasileira. Os idosos com 65 anos ou mais já representam 10,9% do total de habitantes, o que corresponde a quase 22,2 milhões de pessoas. Em relação a 2010, houve um aumento de 57,4% nesse contingente.
Essa tendência de envelhecimento pode ser observada ao longo das décadas. Em 1980, os idosos com 65 anos ou mais representavam apenas 4% da população total, mas esse percentual vem crescendo ao longo dos anos, superando os 10% em 2022.
Por outro lado, a participação de crianças e adolescentes na população brasileira tem diminuído. Em 2022, as pessoas de 0 a 14 anos representavam apenas 19,8% do total de habitantes, uma queda em relação aos 24,1% registrados em 2010. Em 1980, essa faixa etária correspondia a 38,2% da população total.
Esses dados revelam um quadro de envelhecimento da população brasileira e destacam a importância de políticas públicas voltadas para essa parcela da sociedade, como ações de saúde, assistência social e inclusão. Uma maior atenção aos idosos e a valorização do protagonismo da terceira idade são fundamentais para garantir uma sociedade mais inclusiva e justa.