Diplomacia brasileira busca resolução sobre guerra no Oriente Médio no Conselho de Segurança da ONU após vetos anteriores

A diplomacia brasileira está trabalhando incansavelmente para encontrar uma solução para a guerra no Oriente Médio. Após a rejeição de quatro propostas anteriores pelo Conselho de Segurança da ONU, o Brasil está articulando uma 5ª proposta de resolução. O objetivo é encontrar uma proposta que seja aceitável por todos os membros do Conselho.

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, informou que estão trabalhando em uma nova resolução que leve em consideração os aspectos positivos das propostas anteriormente rejeitadas e que também inclua outras questões importantes. A ideia é encontrar um ponto de equilíbrio que atenda às necessidades de todos os atores envolvidos.

Vieira defende que a nova resolução deve abordar todas as demandas dos 15 membros do Conselho, incluindo a pedidos de cessação de hostilidades, assistência humanitária, libertação de reféns e saída de nacionais de terceiros estados. Além disso, o chanceler ressalta a importância de que Israel exerça seu direito de autodefesa dentro do direito internacional.

Israel tem sido frequentemente acusado de violar o direito humanitário internacional em suas ações militares na Faixa de Gaza. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação com essa situação durante a sessão do Conselho de Segurança da ONU.

O Brasil, que atualmente preside o Conselho, tem como objetivo principal contribuir para a resolução dessa grave situação. Mesmo que seja melhor que a resolução seja alcançada durante a presidência brasileira, Vieira ressalta a importância de votar e tomar alguma ação.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – e outros dez membros rotativos. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário o apoio de nove membros, sem nenhum veto dos membros permanentes.

Recentemente, a proposta dos Estados Unidos foi vetada pela China e pela Rússia, enquanto a proposta russa foi vetada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. As principais divergências entre as propostas envolvem o direito de autodefesa de Israel e a exigência de um cessar-fogo imediato.

O Brasil optou por se abster de votar nas duas propostas apresentadas recentemente para manter sua neutralidade. Segundo Vieira, não fazia sentido votar a favor ou contra já que as propostas já estavam destinadas ao veto. A abstenção foi uma forma de continuar mantendo diálogo com todos os atores e continuar negociando.

A busca por uma solução para a guerra no Oriente Médio continua, e espera-se que a nova proposta de resolução brasileira seja capaz de acomodar as necessidades de todos os membros do Conselho de Segurança da ONU.

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