Com previsão de conclusão até o fim do ano, a usina terá capacidade para gerar 1 Megawatt, o suficiente para abastecer cerca de 1500 residências. O investimento estimado é de R$ 25 milhões. Além disso, essa iniciativa contribuirá para a diminuição da emissão de CO2, equivalente à emissão de 15,1 mil veículos por ano.
Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, comemora a diversificação do potencial energético e destaca a importância de parcerias com a iniciativa privada para o desenvolvimento sustentável. Segundo ela, as estruturas estão sendo implantadas em um ambiente de diálogo e segurança regulatória.
A parceria entre a Emae e empresas privadas possibilitou a realização de um teste com uma usina piloto em 2020. Os resultados superaram as expectativas e, por isso, decidiu-se dar continuidade ao projeto definitivo. A estrutura piloto, que ocupava uma superfície de 1 mil metros quadrados e contava com 300 painéis fotovoltaicos, gerou 379,71 kWh/dia, 7% a mais do que o previsto. Isso corresponde a uma produção média mensal de 11.391 kWh/mês, capaz de abastecer 75 residências no mesmo período. O investimento no projeto piloto foi de R$ 450 mil.
As usinas fotovoltaicas flutuantes são alternativas viáveis, seguras e certificadas internacionalmente para regiões com alta densidade demográfica, como São Paulo. Elas podem ser instaladas sobre áreas onde havia aterros sanitários, lagos de barragens hidrelétricas ou lagos formados em cavas de mineração exauridas.
Considerando a alta ocupação do solo, a geração de energia limpa precisa competir com áreas já ocupadas ou em expansão, incluindo áreas industriais. Por isso, reservatórios como a Represa Billings oferecem uma enorme perspectiva econômica para os estados. O presidente da Emae, Marcio Rea, destaca o compromisso da empresa com a produção de energia renovável.
A utilização dos recursos naturais de forma sustentável é essencial para garantir o abastecimento de energia no longo prazo e reduzir os impactos ambientais. As usinas fotovoltaicas flutuantes na Represa Billings representam um avanço significativo nesse sentido, contribuindo para a capacidade energética da região, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e mostrando o comprometimento do estado de São Paulo com a transição energética.