Além das demissões, outros quatro colaboradores foram punidos: um foi suspenso por 29 dias e os outros três foram suspensos sem remuneração. Esses funcionários serão investigados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e o resultado do inquérito pode resultar em novas demissões.
A paralisação foi uma resposta às advertências recebidas pelos colaboradores da Linha 2-Verde, consideradas “indevidas” pelo Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de SP. A entidade publicou uma nota classificando as demissões como “injustas” e alegando que elas foram realizadas como uma forma de “retaliação” à paralisação ocorrida no dia 3 de outubro. No entanto, o Metrô afirma que as punições aplicadas não estão relacionadas com a greve dos metroviários no início do mês.
Na ocasião da paralisação, partes do transporte público foram interrompidas, causando um congestionamento de mais de 600 km no trânsito. O governo do estado classificou os atos como “ilegais e abusivos” e os sindicatos alegaram estar protestando contra concessões, terceirizações e privatizações dos serviços.
Essa não é a primeira vez que o Metrô de São Paulo enfrenta problemas com paralisações. No passado, greves e manifestações também ocorreram, causando transtornos para os usuários do transporte público na cidade. O embate entre a empresa e os trabalhadores parece longe de ser resolvido, com ambos os lados apresentando argumentos e posições divergentes.
É importante ressaltar que a garantia do direito de greve é um princípio assegurado pela Constituição brasileira. No entanto, é fundamental que haja um diálogo aberto e constante entre as partes envolvidas, visando encontrar soluções que atendam tanto aos interesses dos trabalhadores quanto aos da empresa e, principalmente, da população que depende do Metrô para se locomover pela cidade.