Greve no setor automotivo dos EUA se expande com adesão de fábrica da General Motors em Arlington

A greve no setor automotivo dos Estados Unidos continua se expandindo, de acordo com o sindicato United Auto Workers (UAW). Nesta terça-feira, 5 mil integrantes da fábrica da General Motors em Arlington, no Texas, se juntaram ao protesto, paralisando a maior e mais rentável fábrica da GM, segundo o próprio UAW.

A paralisação ocorreu logo após a GM reportar um lucro de US$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre e também depois de não haver acordo sobre mudanças nos contratos com a empresa. O presidente do UAW, Shawn Fain, afirmou em comunicado que “lucros recordes devem ser igual a contratos recordes” e que é hora dos trabalhadores receberem sua parcela justa.

Com essa adesão, o total de membros da UAW em greve chega a mais de 45 mil. A greve, que já está em sua sexta semana desde o dia 15 de setembro, afeta não só a GM, mas também a Ford e a Stellantis.

Os trabalhadores reivindicam melhorias salariais e benefícios, bem como o fim da terceirização e a criação de mais postos de trabalho. Além disso, eles também pedem uma maior participação nos lucros da empresa, principalmente após o relatório de lucro divulgado pela GM.

Essa greve no setor automotivo dos Estados Unidos é uma das mais longas e impactantes dos últimos anos. As paralisações afetam toda a cadeia de produção e estão causando prejuízos milionários para as montadoras. Além disso, a falta de veículos nas concessionárias está gerando insatisfação entre os consumidores, que têm enfrentado dificuldades para adquirir carros novos.

Por enquanto, não há previsão de acordo entre as montadoras e o sindicato. As negociações seguem em andamento, mas até que um consenso seja alcançado, a greve deve continuar afetando a produção e o mercado automotivo nos Estados Unidos.

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