Aproximadamente 131 empresas, que juntas faturam US$ 1 bilhão anualmente, estão sentindo os impactos e custos crescentes dos fenômenos meteorológicos extremos decorrentes da mudança climática. Segundo elas, não é possível realizar essa transição de maneira segura e eficiente sem o apoio das instituições financeiras, produtores de combustíveis fósseis e governos. Por isso, é necessário que os países estabeleçam metas e um cronograma para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis que não tenham suas emissões de carbono capturadas nem armazenadas.
A questão da energia gerada pelo petróleo, uma das principais fontes de emissões de CO2 na atmosfera, será central nas negociações da COP28, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas que acontecerá em Dubai daqui a um mês. Diversos países estão defendendo a eliminação quase total dos combustíveis fósseis que não envolvam procedimentos de captura ou armazenamento dos gases emitidos. No entanto, as técnicas para capturar ou armazenar os gases de efeito estufa ainda não estão amplamente difundidas e viáveis.
As empresas reunidas na coalizão destacaram que, como compradoras e usuárias de energia no sistema global, elas têm um papel importante a desempenhar para enviar um sinal claro sobre o uso futuro da energia. Elas acreditam que é necessário agir em conjunto com os governos, produtores de combustíveis fósseis e instituições financeiras para garantir uma transição segura e eficiente para fontes de energia mais limpas e renováveis.
Com a aproximação da COP28, é esperado que essa discussão ganhe ainda mais destaque. É fundamental que os líderes dos países presentes na conferência estejam cientes da importância de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis para combater as mudanças climáticas e assegurar um futuro mais sustentável para o planeta.