De acordo com informações obtidas pela Folha de São Paulo, o jovem confessou na delegacia que aprendeu a usar armas assistindo vídeos no YouTube. Além disso, foram divulgadas conversas do estudante na plataforma do Discord, em que ele menciona que a motivação para cometer o crime era se sentir poderoso.
As plataformas online, como o Discord, têm se tornado um ambiente de livre acesso e sem controle, resultando em diversos casos de abusos e agressões envolvendo jovens. O Brasil vem registrando consecutivamente casos de ataques a escolas nas últimas semanas. Letícia Oliveira, uma especialista que monitora perfis extremistas na internet há 11 anos, alerta para a possível influência dessas comunidades na incitação à violência.
Em relação ao ataque em Sapopemba, a polícia investigou que o aluno atirador passou o fim de semana na casa do pai, onde encontrou a arma usada no crime. O revólver calibre 38 estava registrado e de acordo com as autoridades, o adolescente a encontrou escondida entre os colchões, junto das munições. Na segunda-feira, ele retornou para a casa da mãe já armado.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o atirador entrou em uma sala de aula e efetuou os disparos. Os alunos entraram em pânico e houve uma grande correria para deixar o local. Infelizmente, Giovanna Bezerra, de 17 anos, foi atingida na cabeça e não resistiu aos ferimentos. As outras duas estudantes feridas foram socorridas e levadas para o Hospital Sapopemba, onde uma delas já recebeu alta. O terceiro estudante, que se machucou ao fugir, também foi atendido e já foi liberado.
Ainda não é possível afirmar definitivamente a motivação do ataque em Sapopemba, mas o caso levanta preocupações sobre a influência negativa das comunidades que glorificam assassinatos e atiradores de escolas. A falta de controle e fiscalização dessas plataformas online agravam a situação, tornando necessário um maior investimento em segurança nas escolas e na conscientização sobre o uso responsável da internet.