De acordo com Edio, o adolescente relatou que não suportava mais a situação de homofobia que enfrentava na escola e, por isso, decidiu pegar uma arma de fogo que estava na casa do pai sem o conhecimento deste. Ele então foi para a casa da mãe e, de lá, seguiu para a escola, onde realizou os disparos. O advogado ressaltou que o adolescente sofria bullying por ser homossexual e que as agressões aumentaram quando ele começou a usar roupas femininas.
Surpreendentemente, o advogado revelou que o atirador afirmou não ter a intenção de atingir a aluna que morreu, pois ela não participava das agressões contra ele. Além disso, Edio informou que, em abril deste ano, a mãe do adolescente registrou um boletim de ocorrência sobre as agressões sofridas por seu filho em outra escola. Segundo o advogado, a única resposta da escola foi sugerir que a mãe trocasse o filho de instituição.
O caso chamou atenção para a necessidade de combate ao bullying e à homofobia nas escolas. A ausência de políticas efetivas de combate a essas práticas torna os ambientes escolares inseguros para alunos que enfrentam tais situações. É fundamental que as escolas promovam ações educativas sobre respeito à diversidade e formem profissionais capacitados para lidar com casos de bullying e discriminação.
Além disso, é necessário que as denúncias de agressões sejam levadas a sério pelas instituições de ensino, que devem garantir a segurança e bem-estar de todos os seus alunos. Apenas sugerir que a vítima troque de escola não é uma solução adequada para o problema, pois o bullying e a homofobia podem ocorrer em qualquer ambiente.
Esse trágico episódio nos faz refletir sobre a importância de criar um ambiente escolar inclusivo e seguro, onde a diversidade seja respeitada e protegida. É responsabilidade de todos – escolas, famílias, sociedade e governo – agir de forma efetiva para prevenir e combater a violência nas escolas. Nenhuma criança ou adolescente deve ser exposto a situações de bullying e discriminação, pois essas experiências podem ter consequências devastadoras. É hora de agirmos para garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade em ambientes seguros e acolhedores.