Quatro metralhadoras calibre .50 ainda não foram encontradas após furto no Arsenal de Guerra de São Paulo

No último dia 19, um furto no Arsenal de Guerra de São Paulo chamou a atenção das autoridades. No total, 21 armas foram roubadas, sendo 13 metralhadoras de calibre .50 e oito fuzis de calibre 7,62. Até o momento, quatro metralhadoras ainda não foram localizadas.

Na última quinta-feira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou quatro metralhadoras e quatro fuzis no bairro da Gardênia Azul, área de atuação de uma narcomilícia ligada ao Comando Vermelho. Já na noite de sexta-feira, a polícia de Carapicuíba, em São Paulo, achou mais nove armas em uma espécie de lago em São Roque, na região de Sorocaba. Neste caso, foram recuperadas as cinco metralhadoras .50 e os quatro fuzis que ainda estavam desaparecidos.

De acordo com o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, as armas estavam sendo negociadas com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo ele, tanto o PCC quanto o Comando Vermelho seriam os destinatários finais desse armamento.

As armas encontradas pela Polícia Civil passarão por perícia antes de serem devolvidas ao Exército. As metralhadoras .50 que ainda não foram localizadas são armamento antiaéreo, capazes de derrubar helicópteros e furar a blindagem de tanques. Elas atiram até 550 projéteis por minuto e têm alcance de dois quilômetros.

O Comando Militar do Sudeste confirmou que foi ativado um centro de operações interagências para realizar as diligências em apoio às investigações, em qualquer parte do território nacional. Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar os responsáveis pelo furto das armas. O Exército afirmou que há militares e civis envolvidos e que todos serão julgados pela Justiça Militar.

O tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, responsável pelo batalhão de Barueri, foi exonerado e substituído pelo coronel Mário Victor Vargas Júnior. O Exército está revendo todos os processos da organização militar do local.

Os investigadores descobriram que as armas furtadas estavam em uma reserva de armamento por serem inservíveis. O local estava lacrado, mas acredita-se que o lacre tenha sido trocado. A suspeita é que o furto tenha ocorrido entre os dias 6 de setembro e 10 de outubro.

Diante do caso, o Exército segue mobilizado, com um pelotão da 2ª CiaComMec (Companhia de Comunicações Mecanizada) de Campinas atuando em conjunto com o 8º Batalhão de Polícia do Exército. A intenção é reforçar as operações e auxiliar nas investigações.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo