Rafah é a principal rota de entrada e saída de Gaza que não está sob controle direto de Israel, e tem se tornado o foco dos esforços para enviar ajuda humanitária aos 2,3 milhões de residentes locais.
No entanto, o número de caminhões autorizados a entrar foi bastante limitado. Segundo Ahmad Nassar, gerente do Crescente Vermelho do Qatar, apenas 20 caminhões foram autorizados a passar. Nassar ressalta que esse número está longe de ser suficiente para suprir as necessidades humanitárias em Gaza. Ele destaca que a situação deteriorada na região exige muito mais que ajuda material, é necessário o fim da agressão a Gaza, seguido da reconstrução e melhoria da situação humanitária da população.
Enquanto isso, as Forças Armadas de Israel afirmaram que a ajuda humanitária seria destinada apenas às áreas do sul da Faixa de Gaza, onde os civis palestinos estão sendo forçados a se refugiar para evitar os confrontos entre Israel e o grupo Hamas.
Vale lembrar que Israel impôs um bloqueio total a Gaza, interrompendo a entrada de água, comida, combustível e eletricidade na região. Essas medidas foram tomadas em resposta a um ataque mortal realizado pelo grupo palestino Hamas em solo israelense no dia 7 de outubro.
É compreensível a preocupação dos países e organizações em ajudar a população de Gaza, que se encontra em uma situação de extrema vulnerabilidade e necessita urgentemente de assistência humanitária. No entanto, é importante ressaltar a necessidade de uma solução política para o conflito, a fim de evitar que a ajuda entregue se torne apenas paliativa e não resolva os problemas estruturais da região.
Portanto, a entrada desses caminhões com alimentos, água e medicamentos em Gaza é um passo importante, mas ainda é necessário garantir um acesso livre e contínuo a esses recursos essenciais, além de buscar soluções efetivas para pôr fim à agressão e promover a reconstrução e estabilização de Gaza, melhorando a situação humanitária da população.