Armas do Exército encontradas em mata de São Roque estavam sendo negociadas com o PCC, afirma secretário da Segurança Pública.

No último sábado, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou que as armas do Exército que foram encontradas em uma região de mata em São Roque estavam sendo negociadas com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo Derrite, as metralhadoras e fuzis estavam destinadas tanto ao PCC quanto ao Comando Vermelho.

Essa descoberta ocorreu após um trabalho de inteligência realizado pela Polícia Civil, que identificou que o armamento seria entregue a criminosos do PCC. Os policiais se dirigiram ao local da entrega, uma área de mata, e foram recebidos com disparos. Houve uma troca de tiros, com os policiais reagindo com tiros de fuzil e pistola, e os suspeitos fugiram em direção à mata.

A polícia ainda não sabe o número exato de criminosos que estavam no local, mas pelo menos duas pessoas estavam armadas, pois as viaturas foram atingidas por disparos dos dois lados. Equipes do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e do Comandos de Operações Especiais (COE) fizeram uma busca na mata, mas ninguém foi encontrado até o momento.

Após a apreensão, uma equipe do Exército confirmou que as armas faziam parte do arsenal furtado, ao verificar a numeração das metralhadoras. Agora, a secretaria está trabalhando para recuperar as quatro armas restantes. O governador Tarcísio de Freitas parabenizou a Delegacia Seccional de Carapicuíba pelo encontro das armas, elogiando a dedicação e o profissionalismo dos policiais.

O desaparecimento das armas, que incluem metralhadoras antiaéreas e fuzis de calibre 7,62, está sendo investigado pelo Comando Militar do Sudeste desde o dia 10 de outubro. Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar as circunstâncias do furto, e a investigação está sendo conduzida sob sigilo.

As armas foram furtadas do Arsenal de Guerra em Barueri, e o diretor do arsenal foi exonerado após o ocorrido. Nesta sexta-feira, o coronel Mário Victor Vargas Júnior foi nomeado como o novo diretor. O Exército alegou que as armas eram inservíveis e que foram recolhidas para manutenção, porém o desaparecimento só foi notado durante uma inspeção.

A recuperação das armas é um passo importante no combate ao tráfico de armas e às facções criminosas que atuam no estado de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública continuará trabalhando para investigar e prender os responsáveis pelo furto e pela tentativa de venda do armamento.

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