A saída de Batista está relacionada ao sumiço de 21 armas do arsenal. Em sua declaração, Gama informou que todos os processos do Arsenal estão sendo revisados para identificar onde ocorreu o erro e que os militares responsáveis pela falha serão responsabilizados. Ele também afirmou que é possível haver militares envolvidos no furto dos armamentos e que dezenas deles já receberam o formulário de apuração disciplinar e estão no prazo para apresentar suas defesas.
Na última quinta-feira (19), a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu recuperar oito das 21 metralhadoras furtadas do Exército. As armas foram encontradas dentro de um carro roubado, no bairro Gardênia Azul, zona oeste da capital carioca. Entre as metralhadoras apreendidas, estão quatro das 13 de calibre 50, capazes de derrubar aeronaves, e quatro das oito metralhadoras MAG 7.62 que foram furtadas.
Segundo informações de inteligência, as metralhadoras foram adquiridas por uma facção criminosa que está em disputa territorial na zona oeste do Rio. As investigações apontaram que o armamento estava sendo deslocado da Rocinha para a Gardênia.
A ausência das armas no Arsenal foi notada durante uma inspeção realizada em 10 de outubro. Diante da notícia, o Comando Militar do Sudeste determinou o aquartelamento dos militares da unidade e iniciou uma investigação para apurar os fatos. No momento, aproximadamente 160 militares estão aquartelados no Arsenal de Guerra, sem permissão para sair do local.
De acordo com Gama, os militares envolvidos no furto serão expulsos da Força, no caso dos temporários, e encaminhados a um conselho de sanções, no caso dos militares de carreira. Além disso, os responsáveis também responderão na esfera criminal da Justiça Militar. A integridade do local onde estavam as armas foi confirmada em setembro, porém, somente em outubro o furto foi descoberto.