Moradora de Santo André espera há mais de dois meses por consulta com oncologista no Hospital Mário Covas

Com dores, fraqueza e o transtorno de estar com uma bolsa de colostomia, a moradora de Santo André, Antonia Aparecida Zanatta, de 62 anos, enfrenta também a lentidão do serviço público de saúde. Ela está aguardando uma consulta com o oncologista no Hospital Estadual Mário Covas há mais de dois meses, desde a sua cirurgia.

Antonia passou pela cirurgia para colocação da bolsa há dois meses e, para a retirada do tumor, precisa fazer um tratamento prévio para diminuí-lo. No entanto, desde então, está aguardando o primeiro passo do seu tratamento. “Depois que eu passei pela cirurgia, me disseram que a melhor forma de tratar é primeiro fazer a quimioterapia e me encaminharam para o Mário Covas, mas já são dois meses e meio de espera e ainda não me chamaram”, conta Antonia.

No dia 10 deste mês, a paciente teve uma consulta no hospital estadual, na qual ela esperava encontrar o especialista que indicaria o início do seu tratamento. No entanto, foi atendida por outro médico da área de proctologia. “A médica que me atendeu disse que é assim mesmo, que eu tenho que aguardar mais um ou dois meses. Eu não posso esperar, meu caso é grave, tenho fraqueza, estou com essa bolsa e já estou todo esse tempo sem tratamento”, relata Antonia.

Questionada, a Secretaria Estadual de Saúde não informou quando a paciente irá passar com o oncologista e nem como será feito o tratamento. Em nota, a pasta estadual de saúde afirmou que a paciente foi inserida na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) no dia 28 de agosto e teve a primeira consulta realizada em 11 de outubro, dentro do prazo legal de 60 dias. A secretaria também ressaltou que todos os pacientes inseridos na Cross Oncologia estão sendo encaminhados às consultas e tratamentos dentro do prazo legal.

Antonia, por sua vez, continua esperando por uma definição e lamenta a demora no processo. “Tudo é muito demorado. Veja, eu passei agora em outubro com a proctologista e o retorno com ela é só para janeiro do ano que vem. Imagina quanto vou esperar para começar a quimioterapia”, desabafa a paciente.

A história de Antonia reflete a realidade enfrentada por muitos pacientes que dependem do sistema público de saúde. A demora no atendimento e a falta de comunicação adequada sobre o cronograma do tratamento geram angústia e insegurança para aqueles que já estão em uma situação de saúde delicada. É essencial que as autoridades competentes avaliem e busquem soluções para melhorar a agilidade e eficiência nesses casos, garantindo que os pacientes recebam o atendimento necessário no tempo adequado.

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